Na hora da compra, imóveis prontos são mais seguros

Na hora da compra, imóveis prontos são mais seguros

A compra de um apartamento na planta pode ser a realização de um sonho, mas também se tornar uma verdadeira dor de cabeça. Nem sempre a conclusão da obra segue o que previa a planta original, além da dificuldade de muitos empreendimentos para obter a documentação para a moradia ou problemas com os atrasos na entrega. Imagine adquirir um imóvel pronto a um custo do m² até 20% mais baixo do que a média de mercado, sem correr os riscos de comprar algo que ainda nem sequer existe?

Adquirir um imóvel já pronto – e novo – pode ser uma solução para muitas pessoas, especialmente em um cenário de recuperação da economia no que tange o mercado imobiliário. Essa tem sido uma modalidade adotada por empresas, caso da Construtora Ennio Fornea, que tem oferecido imóveis com valores próximos a R$ 9 mil o metro quadrado em regiões cujo custo médio é de R$ 11 mil em Curitiba. “Um dos motivos pelos quais nós temos conseguido aplicar preços abaixo de muitos lançamentos na planta se deve ao fato de o produto já estar pronto. Dessa forma, não precisamos mais lidar com custos como as constantes altas do preço dos insumos e nem repassar esses reajustes ao consumidor”, relata a representante Comercial da Construtora Ennio Fornea, Maria Julia Fornea.

Esse formato traz segurança para os dois lados, especialmente em um momento de recuperação do setor. Levantamento divulgado pela Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR) mostrou que as vendas de apartamentos novos em Curitiba cresceram 11,2% no ano passado em comparação a 2017. Ao todo, foram comercializadas 4.103 unidades no ano passado, indicando uma retomada gradual dos lançamentos.

Modelo vantajoso para a construtora e para o cliente

Os benefícios desse modelo de negócio são perceptíveis tanto para o consumidor quanto para a construtora. No caso do cliente, ele tem a segurança de comprar aquilo que se vê. “Sabemos que nem sempre a obra é concluída de maneira 100% fiel às perspectivas”, diz Maria Julia. Também se evitam problemas como o atraso na entrega e falhas na documentação -- outro ponto destacado é o fato de o lançamento do empreendimento poder ser feito em um período apropriado.

Outro ponto positivo está no fato de não ocorrer reajustes na hora de fechar o valor do imóvel, uma situação recorrente e que muitos compradores nem sequer têm conhecimento. Quando se adquire um imóvel na planta, a maior parte dos contratos inclui que o consumidor vai arcar com a readequação a partir do Índice Nacional de Custo de Construção (INCC), que leva em conta as variações nos preços de materiais, mão de obra e serviços. Entre janeiro e dezembro do ano passado, o reajuste no valor do apartamento foi próximo a 4% - o equivalente a R$ 12 mil em um imóvel de R$ 300 mil.

Para a construtora, por outro lado, reduz-se o risco de estimar um valor equivocado na hora de construir. “Quando esse custo não consegue ser repassado, impacta diretamente no resultado financeiro da obra, podendo gerar prejuízo”, esclarece Maria Julia. Além disso, a empresa não fica dependente de prazos de conclusão. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Brasileiro de Estudo e Defesa das Relações de Consumo (Ibedec) mostrou que 95% das entregas de imóveis no país são feitas com atraso e já existe jurisprudência de que as construtoras são obrigadas a ressarcir o consumidor em caso de atrasos superiores a 180 dias.



Para trabalhar neste formato, no entanto, a empresa precisa estar com a saúde financeira em dia, de modo que não haja dependência de investidores ou de financiamentos para concluir o negócio. Esse, aliás, foi um dos fatores que causaram falências e problemas para construtoras. “A crise acabou sendo a grande vilã para aquelas incorporadoras que dependiam da venda das unidades na planta para a conclusão da obra. A redução da velocidade de venda fez com que muitos empreendimentos não pudessem ser entregues no tempo prometido, gerando prejuízos inestimáveis às empresas. Quando se vende depois de pronto, esse risco não existe mais”, completa Maria Julia.

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