Comissão de corretores: entenda como funciona!

Comissão de corretores: entenda como funciona! 
Para ter sucesso na carreira de corretor de imóveis, é preciso conhecer bem o funcionamento do mercado imobiliário. Assim como em qualquer outro trabalho, o início pode ser um pouco complicado, mas basta dedicação e conhecimento para alcançar a excelência — além de muita prática na área, é claro!

Acontece que muitas pessoas ainda têm dúvidas relacionadas aos ganhos profissionais, principalmente quem não atua junto a uma imobiliária. Nem todo mundo está acostumado a trabalhar como autônomo, não é mesmo?

Para que você saiba como fazer o cálculo e obter o melhor lucro nas suas vendas, fizemos este post que responde às principais perguntas sobre a comissão de corretores! Vamos lá?
A comissão de corretores é sempre de 6%?

Nós apostamos que você sempre ouviu falar que a comissão de corretores de imóvel é de 6%. Se por um lado essa informação está correta, por outro, existem algumas ressalvas. De uma maneira geral, de acordo com o CRECI, a comissão média é de 6%, mas ela pode variar conforme o tipo de imóvel que está sendo negociado.

Segundo a tabela do CRECI-SP, para venda de imóveis urbanos ou industriais, a comissão pode variar entre 6% e 8%. Já para imóveis rurais, ela começa em 8% e pode chegar a até 10% do valor de venda.

Há também as vendas judiciais, que acontecem por determinação de um tribunal, independentemente da vontade do dono da propriedade. Nesse caso, a comissão é de 5%. Quanto aos aluguéis, geralmente a comissão cobrada equivale ao primeiro aluguel recebido da propriedade ou, no caso de um aluguel de temporada, a quantia equivale a 30% do valor total.


Quanto receberei de comissão se eu trabalhar em uma imobiliária?

Há corretores que são autônomos e, portanto, recebem a comissão integral. Contudo, quem tem carteira de trabalho assinada por uma imobiliária conta com a vantagem de desfrutar da carteira de imóveis e de clientes da empresa e de receber um salário fixo mensal, além de parte da comissão.

Geralmente, cabe ao corretor uma parcela referente a 40% da comissão. Isto é, se o imóvel foi vendido por R$ 200 mil, a comissão de 6% será de R$ 12 mil e o corretor receberá 40% desse valor, que é igual a R$ 4,8 mil.
O corretor captador também ganha comissão?

Um dos desafios das imobiliárias é manter o seu catálogo de imóveis sempre atualizado. Por isso, essas empresas contam com os chamados “corretores captadores” ou “agenciadores”, os quais têm a função de ficarem atentos às oportunidades imobiliárias que a cidade oferece, identificando quando uma pessoa está desejando se desfazer de um imóvel.

Nem toda imobiliária trabalha com esse tipo de corretor e, obviamente, o corretor que vende também pode atuar como captador. Acontece que, quando um imóvel captado por um corretor é vendido, esse profissional recebe uma parte da comissão de venda. Esse valor não é fixo, variando de empresa para empresa, ficando com o valor médio de 10%.


Existe alguma diferença entre lançamento e mercado secundário?

Com relação à comissão de corretores, sim. Quando a construtora se prepara para vender os seus imóveis, eles têm um custo diferente dos produtos do mercado secundário, ou seja, dos imóveis usados.

Não existe, por exemplo, a necessidade de um corretor agenciador. Em alguns casos, não existe nem a presença de uma imobiliária parceira, já que muitas construtoras assumem a responsabilidade pelas vendas.

Caso exista a parceria com uma imobiliária, o corretor dividirá com ela a sua comissão, que ficará em torno de 30% dos 4% pagos pela venda. Além disso, algumas construtoras trabalham com premiação. Isso quer dizer que o corretor receberá um bônus ou um prêmio se conseguir vender determinada quantidade de unidades.
Como é feito o cálculo da comissão de corretores?

Como vimos, o cálculo da comissão de corretores é tabelado pelo CRECI regional de cada estado. Para calculá-la, é só aplicar a faixa descrita na tabela conforme o tipo de imóvel negociado. A seguir, relembramos as porcentagens para a base de cálculo:
comissão para imóveis rurais: 6 a 10% para o corretor;
comissão para imóveis urbanos: 6 a 8% para o corretor;
comissão para imóveis industriais: 6 a 8% para o corretor;
comissão de venda judicial: 5% para o corretor;
comissão de venda para empreendimentos imobiliários: 4 a 6% para o corretor.

Importante ressaltar que esses valores tabelados são utilizados apenas como referência, ou seja, eles podem variar para mais ou para menos de acordo com a imobiliária ou incorporadora em questão.

O ideal é ser um corretor especialista e ficar atento a essas oscilações, demonstrando amplo conhecimento no setor para fazer um bom negócio com seu contratante. Esse é o melhor jeito de proteger sua comissão.
Quem é responsável por pagar a comissão?

A comissão é paga pelo proprietário do imóvel mediante sua autorização — ou seja, é preciso deixar claro que o valor dela estará incluso no preço de venda antes mesmo de anunciar o imóvel.

Dessa forma, na hora de precificar uma propriedade, você deve levar em conta o valor da comissão. Claro que, se o valor de um imóvel estiver muito acima do mercado, ele ficará encalhado. Por isso, bom senso na hora de avaliar e fixar um preço é essencial. Nada de se apegar ao valor da comissão!
Eu ganho alguma comissão no caso de desistência de uma das partes?

Quem já trabalha no mercado há algum tempo sabe que, uma hora ou outra, o corretor terá de lidar com um negócio que estava quase fechado, mas não foi concretizado porque uma das partes desistiu por algum motivo. Nesses casos, a não ser que as partes já tivessem assinado algum documento, o corretor não tem direito à comissão mesmo com todo o trabalho desempenhado.
O que fazer para me prevenir e proteger minha comissão?

Como falamos, a comissão deve ser definida com o proprietário do imóvel antes da venda. Por isso, para não haver desentendimentos, é importante registrar e documentar todas as conversas e acordos feitos entre vocês.

Hoje em dia, isso não é difícil. Conversas por WhatsApp ficam registradas no celular, e você pode usar essa e outras ferramentas para deixar alguns pontos bem claros para seu cliente. Contudo, é sempre bom enviar e-mails resumindo tudo aquilo que foi combinado, pois eles são uma fonte mais confiável para comprovar negociações.
Trabalhar com comissão é vantajoso?

Se você deseja atuar como profissional autônomo, precisa aceitar as características desse mercado. A comissão de corretores pode ser vista como algo que trará instabilidade, pois o profissional vai deixar de ter a segurança do salário fixo todo mês.

Todavia, essa mesma comissão pode ser interpretada como a melhor forma para ganhar mais dinheiro e controlar a própria vida financeira, já que dependerá do profissional e da sua capacidade de vendas a chance de receber muito mais do que o salário médio pago à sua categoria.

Aliás, ter um salário fixo não é sinônimo de ter estabilidade econômica. Na verdade, o que garantirá os bons resultados financeiros de um corretor é a maneira como ele lida com o próprio patrimônio.
Qual a diferença entre um corretor autônomo e associado?

Conforme apontamos no início do post, quando o corretor trabalha de forma associada a uma imobiliária, a sua comissão será dividida com o estabelecimento. Normalmente, a parcela dos corretores fica em torno de 30% a 40% do total da comissão recebida pela venda. No entanto, isso pode ser conversado com a imobiliária.

Essa é a grande diferença entre um corretor autônomo e um associado, já que os autônomos não precisarão dividir as comissões. Por outro lado, é preciso considerar que, na carreira autônoma, todos os gastos referentes à negociação (telefones, transportes, viagens etc.) ficarão por conta do corretor.

No caso do corretor associado, o gasto com a negociação é assumido pela empresa. Por isso, a comissão precisa ser combinada previamente com os corretores, considerando-se essas despesas. Cabe ao profissional avaliar qual das duas situações é mais vantajosa conforme seu momento atual. Para muita gente, vale a pena ter a comissão diminuída em troca das facilidades oferecidas pela parceria com a imobiliária.

Além disso, talvez a principal dica para obter bons rendimentos trabalhando de forma comissionada seja não se preocupar apenas com a comissão. Afinal, o corretor de imóveis vende o sonho da casa própria e o investimento imobiliário. É preciso dar valor a essas questões para que o comprador não pense que o profissional só quer bater uma meta, e não ajudá-lo a comprar uma casa, o que pode levá-lo a perder a confiança e, consequentemente, prejudicar a venda.
Como se adaptar às oscilações da comissão de um corretor?

Como vimos, a comissão de vendas não é algo garantido todo mês como um salário fixo — daí a importância de o corretor aprender a se adaptar às oscilações do mercado. Um mês pode ser excelente e o outro nem tanto. Isso não é um problema, desde que sempre haja uma média rentável dos valores. Estude bem seu orçamento e defina qual seria uma meta de salário ideal para você.

Além de se preocupar em cumprir essa meta, quem trabalha com corretagem de imóveis precisa ser ainda mais eficaz na hora de se organizar financeiramente. Como o mercado imobiliário está sempre oscilando, é preciso planejar bem os rendimentos para ter uma reserva nos momentos que não forem tão favoráveis para a venda.

A boa notícia é que esses momentos são raros, sobretudo considerando-se que a necessidade de moradia é algo constante. Então, não será difícil se preparar. Como você pôde perceber ao longo da leitura, esse mercado dá ao profissional a chance de obter ótimos rendimentos.

Portanto, se está começando a sua carreira de corretor, organize a sua vida financeira, corte gastos desnecessários e comece a estudar as nuances do mercado imobiliário e os trâmites da comissão de corretores para se destacar. Fonte Blog CrediPronto

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