5 dicas para compra da casa ideal pelo programa CVA. Casa Verde e Amarela pode virar melhor opção após alta da Selic Programa habitacional é caminho de aquisição da casa própria para famílias com renda de até R$ 2.400; Caixa reduz taxas de juros na modalidade Poupança partindo de TR+ 2,80% a.a

Casa Verde e Amarela pode virar melhor opção após alta da Selic

Programa habitacional é caminho de aquisição da casa própria para famílias com renda de até R$ 2.400; Caixa reduz taxas de juros na modalidade Poupança partindo de TR+ 2,80% a.a

Financiar imóveis ficou mais caro desde que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central elevou a Selic pela nona vez nos últimos 12 meses, saltando de 2% para os atuais 11%75, patamar de dois dígitos que a taxa básica de juros não atingia desde maio de 2017, mas efeitos podem atingir menos o programa habitacional Casa Verde e Amarela.

Segundo o economista Vitor Miziara, gestor da Criteria Investimentos, se com a Selic na casa dos 9% a compra do imóvel financiado já não era atrativa, com a taxa de juros superando os dois dígitos e com risco de avançar nos próximos meses, o recomendado é analisar de forma criteriosa se o momento é realmente ideal para a aquisição. 

“O aluguel começa a valer um pouco mais a pena do que a compra financiada. É possível adaptar o valor do aluguel caso surja algum imprevisto e com o financiamento não. Além disso, existem fundos de renda fixa que rendem até 12% e possuem maior liquidez ”, afirma Vitor.

Ainda que o cenário seja impróprio, existe uma opção que oferece boas condições para a compra da casa própria. O programa habitacional Casa Verde e Amarela possui taxas de juros estáveis, que se mantêm congeladas diante do novo cenário da Selic, sendo bastante atrativas.

Com as novas regras que entraram em vigor em outubro e que valem até o final deste ano (2022), houve redução da taxa de juros para famílias com renda mensal de R$4 mil até R$7 mil e a ampliação do teto do valor dos imóveis considerados de habitação popular. As taxas de juros para famílias com renda mensal de até R$4 mil variam de 4,25% a 5%. 

Segundo Rodrigo Lima, co-fundador da IN Inteligência Construtiva e especialista do segmento imobiliário, quem se encaixa no perfil vai comprar o imóvel pelo Casa Verde e Amarela para sair da taxa Selic, pois o imóvel que não é do programa tem a taxa acima de 10% ao ano, enquanto o programa não tem sinalização de aumento.

“No Casa Verde e Amarela, a maior taxa aplicada é de 7,7% ao ano. Por isso, hoje é mais fácil comprar o imóvel nessa faixa, pois o financiamento é baixo e tem uma adesão muito grande. O programa de habitação tem taxas de juros atrelados à poupança e ao FGTS, por isso, consegue se manter abaixo do valor da Selic”, diz Lima.

Como financiar a casa própria com o Casa Verde Amarela

Para quem busca financiar um imóvel pelo programa, os proponentes precisam se enquadrar nas regras pré estabelecidas pela Caixa Econômica Federal.

Conforme a cartilha, o cliente tem até 30 anos para pagar, com taxas de juros e subsídios a serem concedidos conforme o grupo de renda e localização do imóvel, com valor máximo de R$264.000,00 para o financiamento.

Existem tetos para as três faixas de renda bruta familiar, conforme detalhamento. Além da renda, o valor do imóvel também é um indicador de qual a faixa de taxas de juros que os clientes poderão se enquadrar:

Famílias com renda bruta de até R$2.000,00:

  • O cliente adquire seu imóvel com taxa de juros nominal de até 4,75% a.a. e nesta condição os subsídios podem chegar até R$47.500,00.

Famílias com renda bruta de R$2.0001,00 até R$4.000,00:

  • A taxa de juros nominal do seu financiamento pode chegar até 5,25% a.a. e os subsídios até R$ 29.000,00.

Famílias com renda bruta de R$ 4.001,00 até R$7.000,00:

  • Para essas famílias, na aquisição da casa própria, é disponibilizada taxa de juros nominal de 7,66% a.a

Rodrigo usa o empreendimento Life In Residence, da IN Inteligência Construtiva, localizado em Goiânia. O complexo tem previsão de lançamento neste mês e integra o programa Casa Verde e Amarela.

“Todos os imóveis do empreendimento se enquadram no valor de referência do programa. Compradores com renda entre R$4 mil a R$7 mil teriam uma taxa de 7%. Além disso, com outros subsídios do programa Casa Verde e Amarela, é possível financiar até 80% do imóvel com parcelas entre R$600 e R$900″, afirma.

Mesmo aqueles que não possuem trabalho formal, como os autônomos, precisam comprovar renda dentro de uma das faixas, usando declarações de imposto de renda feitas e enviadas à Receita Federal, bem como movimentações bancárias.

Elas podem ser consideradas para avaliação e possível enquadramento no programa Casa Verde e Amarela, mas “o ideal é o comprador avaliar a necessidade da aquisição do imóvel para a tomada de decisão, já que em alguns casos o aluguel pode ser mais vantajoso que o financiamento.”

 

5 dicas para compra da casa ideal pelo programa Casa Verde e Amarela

Interessados em adquirir a casa própria usando o programa de habitação podem considerar residir no bairro escolhido para saber se é o ideal antes de fechar negócio

 


Depois do anúncio da redução de juros da Caixa Econômica Federal para financiamento para compra da casa própria, as novas condições do Programa Casa Verde e Amarela, estarão vigentes a partir de 12/04 às famílias com renda entre R$2.000,01 e R$ 2.400,00.

Segundo o especialista Paulo Antonio Kucher, vice-presidente da Lyx Engenharia, as novas regras são mais atrativas para os clientes, porque os juros que incidem sobre as parcelas do financiamento são os mais competitivos do mercado imobiliário atual.

“No sistema antigo, um imóvel com avaliação da Caixa de R$ 160.000,00, com a taxa de 5,64% ao ano para uma pessoa com renda de R$ 2.050,00, a parcela ficaria em R$ 614,99. O valor máximo do financiamento seria de 102.000,00 e a entrada seria formada pelo subsídio + FGTS + entrada da pessoa”, explica.

“No atual modelo, com a redução para 5,11% ao ano, no mesmo exemplo de um imóvel de 160.000,00, para uma pessoa com renda de R$ 2.050,00, a parcela seria os mesmos R$ 614,99. Mas o valor do financiamento seria de 107.000,00 reais. Desta forma, diminuiria a necessidade da entrada por parte do comprador. Além disso, no novo modelo deve aumentar em 15% o teto do valor dos imóveis financiados”, afirma Kucher.

Em 2021 a Caixa Econômica Federal registrou recorde de financiamentos habitacionais, chegando a 140 bilhões. Em 2022 (janeiro e fevereiro), já foram contratados 21,5 bilhões pela Caixa. Isso representa crescimento de 33,7% em relação ao mesmo período do ano passado. 

Para o especialista, a intenção de pressionar ou não os outros bancos é uma questão de mercado, como acontece em qualquer outra empresa. “Recentemente o banco Santander anunciou que entrou na concorrência junto a Caixa e o Banco do Brasil para financiar imóveis na planta. Até então tínhamos um pequeno monopólio dos 2 bancos. São movimentos naturais de mercado para acelerar a economia”, explica.

Para ajudar pessoas a encontrar um imóvel ideal dentro das condições oferecidas pelo programa, consultamos o especialista Renato Martins Rodrigues, Head de Operações da Kzas Krédito, para ajudar  os futuros compradores a terem em mente os pontos fundamentais antes de fazer a escolha do imóvel. 

Martins alerta que, apesar de a compra da casa pode representar a realização de um sonho, também envolve grandes responsabilidades e decisões, inclusive dos custos que existem na aquisição e possíveis “reformas e acabamentos” nos espaços novos ou usados.

“Imóvel no mercado não falta, mas identificar oportunidades de negócio que caibam no orçamento sem atrapalhar a rotina financeira, que atendam às necessidades particulares e que tragam menos dor de cabeça possível, exige atenção”, afirma.

Veja as dicas para escolher o imóvel ideal:

1 – Descubra a melhor região para você

Por vezes temos a tendência de ser bairristas, ou seja, nos apegamos a bairros que já conhecemos ou frequentamos e deixamos grandes oportunidades passarem. Então, pesquise outras regiões além das mais populares (claro, que sejam de fácil acesso para você) e dê uma olhada nos imóveis ali. Você pode se surpreender. É fundamental também levar em consideração a facilidade de deslocamento e a segurança da região.  

É importante pensar nas necessidades básicas das pessoas que moram com você. Se for um casal ou um casal com filhos, lembre-se que essas pessoas mudam de trabalho — e irão precisar ter fácil acesso a ele. A família e os parentes podem precisar estar próximos, os filhos podem precisar mudar de escola. Mesmo se for se mudar sozinho, pense bem nas necessidades já existentes e nas que podem vir pela frente.

2 – Pondere entre imóvel novo ou usado

Lembre-se de fazer um paralelo com imóveis que possuem mais de 15 anos e imóveis com menos de 15 anos. Ao passo que imóveis novos possuem plantas menores e algumas facilidades, como varanda gourmet, os imóveis mais antigos possuem metragens maiores e cômodos mais espaçosos.

Assim, se você não gosta de nada apertado, passa mais tempo em casa e prefere aquelas plantas que separam os cômodos das áreas comuns, você pode se sentir mais acolhido em um imóvel com, pelo menos, 10 anos, que possui paredes mais espessas e essas outras características.

3 – Se atente às característica do imóvel

Primeiro, pensamos na distribuição das plantas. Os projetos de hoje em dia estão com plantas menores, porém, com distribuição muito bem aproveitadas e planejadas. Atualmente, temos incorporadoras que estudam projetos de navios e de aviões para otimizar os espaços dos imóveis mais compactos.

Varanda gourmet, o sonho de muitos que querem a casa própria, também só surgiu nas plantas mais recentes e virou um item quase obrigatório na busca de imóveis, principalmente pela grande São Paulo. 

4 – Avalie os espaços de lazer

Muitos edifícios contam com áreas comuns cada vez mais ricas e amplas que são um verdadeiro chamariz. Elas oferecem piscinas, academias, área gourmet, espaço para reuniões e coworking, setor exclusivo para o recebimento de entregas, petshop interno e muito mais. 

Vale ressaltar que, se você é alguém que tem a vida corrida, que não fica em casa ou não gosta de nadar, fazer exercícios e se envolver com atividades comuns em espaços públicos, possivelmente vai acabar não usando nada que o espaço oferece. Mas, mesmo assim, a conta do condomínio chega todo mês para você pagar. Então, pense bem sobre procurar um imóvel com as mesmas características e condições, mas sem estas atrações que pesam mais no orçamento.

5 – Opte pelo imóvel que cabe no seu bolso

De fato, todos que vão fazer a compra da casa própria entendem bem esta frase: a casa própria é um investimento para a vida. Por isso, existem vários pontos para fazer com que esta compra realmente seja um investimento, não uma dor de cabeça (e de bolso).

A primeira coisa é lembrar-se do FGTS. Agora é a hora em que esta “poupança forçada” vai ajudá-lo na compra da casa própria. Para fazer uso do FGTS é preciso ter 3 anos de carteira assinada, não possuir nenhum outro imóvel já em seu nome e usar este primeiro imóvel estritamente para moradia.

Também verifique o melhor momento para um financiamento. Veja se a porcentagem das taxas teve uma redução e quais bancos estão com as melhores oportunidades de crédito para a compra da casa. 

E fique de olho no comprometimento da renda. A porcentagem máxima que pode ser utilizada com o financiamento de imóvel é 30%, ou seja, se você ganha entre R$2.000 a R$4.000, pode usar apenas R$600,00 a R$1.200,00 respectivamente, o que o programa pode permitir. Se atentar a isso é muito importante para uma boa escolha.

Reserva necessária na compra do imóvel

Além do preço, o processo para adquirir um imóvel envolve custos extras que parte das pessoas desconhece: pagamento do ITBI (imposto de transmissão de bens imóveis), escritura e registro do imóvel em cartório. Estes valores, quando somados, chegam a custar em torno do equivalente a 10% do imóvel. Portanto, lembre-se de guardar essa “gordurinha” na hora de comprar a casa própria.

“Apesar de o financiamento não ser um processo simples, hoje o mercado oferece soluções que podem desburocratizar essa fase da compra da casa. A tecnologia, por exemplo, é um ponto crucial para facilitar o acesso ao crédito imobiliário e garantir que tudo aconteça de forma eficiente”, finaliza Rodrigues.

 Fonte: https://imoveis.estadao.com.br


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