Bom negócio no mercado imobiliário.
A principal recomendação é sempre dar preferência a profissionais qualificados na hora de negociar um imóvel.
Seja para compra, venda ou aluguel, o mercado imobiliário tem movimentado a economia do país representando uma das opções de investimento mais tradicionais e atrativas, tanto para a população quanto para as empresas. Isso porque boa parte dos imóveis e empreendimentos têm um alto valor econômico e possibilidade de valorização a longo prazo.
De acordo com Diego Henrique Gama, diretor-executivo do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis do Distrito Federal (Creci-DF), o conjunto de ativos imobiliários é o maior do mundo. “Se a gente pudesse liquidar a riqueza global, os imóveis representariam algo em torno de 65%”, afirma.
Apenas em agosto de 2023, cerca de 38.860 imóveis estavam em oferta para venda no Distrito Federal. Esse quantitativo representou um montante de R$ 48,8 bilhões do valor global ofertado no mercado imobiliário formal.
Com um bem tão valorizado, é importante ter bastante atenção na hora de fechar um negócio para não ter prejuízo. Tanto para quem quer adquirir um imóvel como para aqueles que querem vender ou alugar uma propriedade residencial ou comercial.
Representantes do Creci-DF, autarquia responsável pela fiscalização e normatização dos negócios imobiliários, reforçam em conversa com o Metrópoles algumas precauções necessárias para quem quer ter êxito na transação de um imóvel.
Para o presidente do órgão, Geraldo Francisco do Nascimento, o primeiro passo é buscar um profissional qualificado para fazer a intermediação.
“Porque o bom profissional tutelará o melhor interesse das partes, ele empregará habilidades adquiridas ao longo dos anos para negociar em seu favor. A gente sempre aconselha que a pessoa busque um profissional de sua preferência e que ela possa confiar nele para depositar as suas demandas imobiliárias, quer seja vender, comprar, alugar, estruturar novos projetos ou avaliar.”
Geraldo Francisco do Nascimento, presidente do Creci-DF
Veja outras questões importantes na hora de negociar um imóvel:
Como ficam as negociações por conta própria?
Creci-DF: Ainda que todos possamos, em alguma medida, negociar diretamente, não recomendamos essa prática. Por vezes, as pessoas perdem muito dinheiro por se aventurar sozinhas, querendo fugir dos honorários. Mas o que ela supostamente economiza, ela perde por não saber negociar adequadamente, porque não precificou adequadamente o imóvel. E na questão dos aluguéis, também pode haver prejuízos por não ter tomado as devidas cautelas para retomar o bem. E aí é aquele barato que sai caro.
É inimaginável que o dono de uma Ferrari, por exemplo, arrume o carro na sua própria casa, que ele desmonte e faça os ajustes. Ou quando pensa em vendê-la, fazê-lo com um anúncio na internet. Isso é inimaginável, ele procura o auxílio de alguém que é profissionalizado.
Por que no imóvel tem que ser diferente? Um bem que, em alguns casos, o valor é ainda mais alto do que o de uma Ferrari.
Qual o profissional mais adequado para fazer essa intermediação?
Creci-DF: O corretor de imóveis. De acordo com a Lei Federal nº 6.530/78, o corretor de imóveis tem competência exclusiva para exercer a intermediação na compra, venda, permuta e locação de imóveis, podendo ainda opinar quanto à comercialização imobiliária.
“O visionário presidente Juscelino Kubitschek na fundação de Brasília, convocou os corretores de imóveis para atribuírem valor aos imóveis com o objetivo de desenvolver a nova capital federal”
Esse profissional é considerado um indutor do desenvolvimento imobiliário, porque ele trabalha com valor intangível. Tanto no ponto de vista econômico, pois o conjunto de ativos imobiliários é o maior do mundo, como no valor existencial, porque ele transaciona um bem da vida da maioria das pessoas.
E esse valor existencial é fundamental para a atividade imobiliária. E nesse contexto está o profissional e está o conselho como guardião desse ecossistema de negócio. Porque o conselho não serve aos corretores apenas, ele serve à sociedade como um todo. Ele está à serviço da sociedade.
Como posso saber se o profissional é qualificado?
Creci-DF: É possível consultar a regularidade do corretor de imóveis no próprio site do Creci-DF. Só é necessário pedir o número de inscrição do Creci ao profissional e consultar se ele está com algum processo em curso ou não. Caso a pessoa negue o número profissional. Desconfie.
Importante citar, ainda, o risco de transacionar com os porteiros. Uma prática comum, mas não recomendada, porque o porteiro não tem as habilidades necessárias.
Ao confiar o seu imóvel a um profissional que não tem as habilidades competentes, ele está cometendo um crime ao exercer ilegalmente a profissão, uma contravenção penal. E isso pode ensejar danos ao proprietário, ao comprador e, sobretudo, ao condomínio que tem responsabilidade civil sobre aquele funcionário. E os condôminos, que não têm nada a ver com a situação, podem ali se ver obrigados a responder por um dano causado por um colaborador.
Creci-DF
O Conselho Regional dos Corretores de Imóveis é um órgão fiscalizador criado com o intuito de controlar e regulamentar a atividade profissional de imobiliárias e corretores de imóveis, conforme a Lei Federal nº 6.530/78.
Apenas profissionais registrados pelo Creci podem exercer a profissão e fazer o registro de propriedades para compra e venda, além de todas as transações imobiliárias.
“O conselho por muito tempo vinha fazendo esse papel de pertencimento para o corretor, a partir de programas de incentivo, atividades de formação continuada, por meio da UniCreci (escola superior do mercado imobiliário). E, de um tempo para cá, a autarquia assumiu uma perspectiva de fomento à atividade imobiliária”, explica Gama.
De acordo com ele, o órgão tem investido no setor. Sendo algumas das grandes novidades a Frente Parlamentar do Mercado Imobiliário e a Agenda Legislativa, criadas para promover o desenvolvimento do Distrito Federal a partir dos negócios imobiliários sob a ótica dos corretores de imóveis.
“A gente acredita fortemente que Brasília pode e vai passar por uma transformação econômica a partir do setor imobiliário.”
Diego Henrique Gama, diretor-executivo do Creci-DF
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