Comprar ou alugar um imóvel? Veja o que fazer na hora de comprar uma casa ou apartamento.

Comprar ou alugar um imóvel? Veja o que fazer na hora de comprar uma casa ou apartamento.


A aquisição ou o aluguel de um imóvel têm benefícios e desvantagens, a depender da situação financeira e do momento vivido por cada consumidor. Entenda como escolher a alternativa ideal para você!

Comprar ou alugar um imóvel? Veja o que fazer na hora de comprar uma casa ou apartamento

Quer saber se vale mais a pena comprar ou alugar um imóvel? Então você está no lugar certo. Nesta matéria, você encontra tudo que precisa para decidir qual é a melhor opção na hora de adquirir um imóvel.

Quando se trata de escolher um lugar para morar, a dúvida pode vir à tona: comprar ou alugar uma casa ou apartamento?

Com certeza, essa é uma das decisões mais importantes tomadas ao longo da vida. Isso porque os custos para ter uma casa — seja ela comprada ou alugada — são altos, e tomar a melhor decisão exige planejamento e avaliação de alguns pontos.  

De imediato, podemos afirmar que existem vantagens e desvantagens envolvidas em cada opção. A seguir, mostraremos quais são elas e quais fatores precisam considerados para fazer a melhor escolha. 

O que avaliar antes de comprar ou alugar um imóvel?

Para descobrir se é melhor alugar ou comprar um imóvel, o primeiro passo é buscar informação. Procure saber como está a situação econômica do país, a variação dos preços de aluguéis, se os juros para a compra de imóveis estão em alta e quais são as projeções para os próximos meses e anos.

Mais importante que tudo isso é avaliar o seu momento de vida. Como você se sente em relação ao seu emprego e por quanto tempo pretende trabalhar no mesmo lugar, por exemplo? Você tem planos de fazer a família crescer nos próximos anos? 

Para aqueles que pretendem passar por transformações importantes a curto prazo, o aluguel — e a possibilidade de mudança rápida que ele oferece — pode ser a opção ideal. 

Veja abaixo tudo que você precisa saber sobre alugar e comprar.

Tudo que você precisa saber sobre alugar imóvel

Veja abaixo tudo que você precisa saber sobre alugar um imóvel.

Quais são as vantagens do aluguel? 

Entre  alugar ou comprar um imóvel, a decisão de morar de aluguel é sempre mais fácil de ser tomada. Isso porque, por mais burocrático que seja o processo de locação, ele ainda será mais simples e rápido do que comprar uma casa ou um apartamento. Portanto, essa é a primeira vantagem do aluguel em relação à compra: a praticidade de contratar.

Outro benefício importante é a flexibilidade que um imóvel alugado proporciona: para quem pensa em migrar de carreira, por exemplo, é mais complicado realizar esse desejo quando se tem uma boa parte do orçamento comprometida com uma parcela de financiamento.  

Além disso, em algumas situações o consumidor pode pagar um aluguel inferior ao valor que gastaria em parcelas e, com a diferença, fazer aplicações que gerem alguma rentabilidade. No futuro, esse montante pode ser usado para comprar um imóvel isento de juros, mais confortável e adequado às suas necessidades. 

Quais são as desvantagens de alugar um imóvel?

Alugar um imóvel pode trazer a sensação de liberdade para mudanças mas, ao mesmo tempo, de instabilidade — já que o proprietário pode pedir que o locatário deixe a propriedade a qualquer momento. 

Pelo mesmo motivo, quem mora em um imóvel alugado normalmente tem limitações para fazer mudanças e deixar a casa ou apartamento como ele realmente gostaria. 

Alugar um imóvel é sinônimo de perder dinheiro?

Quem está considerando entre comprar ou alugar um imóvel já deve ter ouvido que alugar é como jogar dinheiro fora, já que o valor pago ao proprietário não trará retorno. 

No entanto, em algumas situações, alugar pode ser um meio de adquirir a casa própria em menos tempo do que com um financiamento — e, matematicamente, optar pelo aluguel pode ser mais vantajoso. 

Vamos explicar com um exemplo. Para facilitar o cálculo, os valores levam em consideração uma inflação anual de 10% (valor praticado no Brasil em 2015) e os índices apresentados no período. 

Nessa simulação, vamos trabalhar com uma taxa de financiamento de 8% ao ano — a mais baixa encontrada no mercado. O imóvel  usado como base é um apartamento de 65m² em São Paulo, que, de acordo com os valores médios levantados pela Secovi-SP, custaria 475 000 reais para quem desejasse comprá-lo. 

Nessa situação, o financiamento sairia por uma parcela de, no mínimo, 4 407 reais por mês. No aluguel, o mesmo imóvel custaria 2 147 reais mensais — uma diferença de 2 260 reais

No mesmo período, investindo essa diferença em uma opção conservadora e com baixo risco, como o Tesouro Direto, seria possível acumular o valor necessário para a compra do imóvel à vista em 180 meses (ou 15 anos). No financiamento, o imóvel seria quitado em 240 meses (ou 20 anos).

Antes de fazer uma comparação, lembre-se de avaliar as variações de preços do metro quadrado para aluguel e compra na região. Além disso, informe-se sobre a inflação e as taxas de financiamento praticadas no período. Esses números podem aumentar ou reduzir a diferença de tempo necessária para quitar um imóvel. 

Alugar para comprar à vista no futuro é realmente interessante? 

Já vimos que, na hora de escolher entre comprar ou alugar um apartamento ou uma casa, a opção de alugar um imóvel e guardar a diferença entre o que seria a parcela do financiamento e o quanto ela paga de aluguel pode ser interessante. 

No entanto, especialistas em psicologia do consumo acreditam que essa opção não se encaixa na realidade do cidadão comum, que ainda tem dificuldade de se controlar financeiramente e provavelmente não conseguiria poupar todo o dinheiro por tantos anos.

Três ganhadores do prêmio Nobel em Economia (Daniel Kahneman, Robert Shiller e Richard Thaler) defendem que a grande maioria das pessoas não tem disciplina financeira e, ao tomar decisões de consumo, não agem de maneira totalmente racional e tendem a consumir motivados pelas emoções — o que ajuda a explicar a dificuldade de guardar dinheiro. 

O brasileiro Bruno Giovannetti, Ph.D em Economia, defende que, ao tomar a decisão de poupar para comprar à vista no futuro, quase todo mundo vai gastar o dinheiro ao invés de guardar. 

Em uma de suas publicações, “Alugar ao invés de comprar? Me poupe!”, o economista explica que, de acordo com o perfil da maior parte da população, seguir o conselho do “alugar em vez de comprar” levará o consumidor a passar a vida toda morando de aluguel e com pouco dinheiro no banco. 

Tudo que você precisa saber sobre comprar

Veja abaixo tudo que você precisa saber sobre comprar um imóvel.

Quais são as vantagens de comprar um imóvel? 

Na hora de decidir entre comprar ou alugar o imóvel, é bom considerar que o proprietário de um imóvel tem muito mais liberdade para fazer reformas e pode fazer o que sua criatividade e suas condições financeiras permitirem para criar um lar como ele deseja. 

Além disso, há uma certa tranquilidade em morar em um lugar que lhe pertence e ter uma propriedade que pode sofrer valorizações ao longo do tempo. 

Para aqueles que preferem comprar um imóvel e não desejam viver de aluguel por muito tempo, existem algumas alternativas que podem tornar a concretização desse sonho mais rápida e econômica. Uma delas é comprar em leilões, que podem oferecer descontos de até 70% no valor dos imóveis anunciados. Outra alternativa é buscar em uma loja de imóveis online, que oferece imóveis à venda e permite fazer uma comparação rápida entre valores, regiões e características da casa ou apartamento.

Além disso, é possível avaliar também a construção da própria casa. Os custos de mão de obra e materiais de construção podem variar bastante entre uma região e outra, mas vale a pena colocar as despesas na ponta do lápis para entender se começar o imóvel do zero é interessante. 

Quais são as desvantagens de comprar um imóvel? 

Se você procura um local para morar em definitivo, a compra de um imóvel é quase sempre uma boa opção, mas existem alguns pontos que devemos destacar:

  • Imobilização de ativos: um imóvel é um ativo de baixa liquidez, ou seja, quando vamos adquirir um bem com baixa liquidez é preciso analisar todo o seu patrimônio para verificar se está se concentrando muito em bens que não viram dinheiro rápido.
  • Estado do imóvel: se o imovel não for novo é preciso prestar muita atenção em suas condições. É recomendável fazer uma vistoria com o auxílio de um engenheiro para verificar problemas não indicados pelo vendedor
  • Atrasos na entrega: sempre podem ocorrer descumprimento dos prazos de término das obras e, no pior cenário, o abandono da obra com a falência da incorporadora. Pesquise muito sobre a construtura que está produzindo seu imóvel para evitar dor de cabeça.

Quais as principais formas de comprar um imóvel no Brasil?

Quem já fez as contas entre comprar ou alugar um imóvel e decidiu por comprar, mas não tem dinheiro suficiente para o pagamento à vista, pode contar com outras duas opções: o financiamento e o consórcio.

Financiamento

O financiamento funciona como um empréstimo: é como se o consumidor tomasse o dinheiro para a compra do imóvel e o devolvesse em prestações, com os juros embutidos. 

Uma das principais vantagens do financiamento é a relativa agilidade no processo. Por outro lado, é preciso ficar atento às taxas, que podem encarecer muito o valor do imóvel. 

Assim como em qualquer outra modalidade de crédito, para fazer um bom negócio por meio do financiamento é preciso pesquisar as ofertas de diferentes instituições financeiras, comparar taxas e prazos para pagamento e, acima de tudo, ter certeza de que as condições oferecidas estão dentro das suas condições de pagamento. 

Em alguns casos, o valor das parcelas do financiamento de um imóvel é superior ao preço de um aluguel e pode comprometer parte importante do orçamento da família. Fique atento a essa questão, pois ela pode definir se é melhor alugar ou comprar uma casa ou apartamento neste momento. O não pagamento das mensalidades pode fazer com que o consumidor fique negativado e perca o bem, junto com todo o dinheiro investido. 

Consórcio

Também populares entre os brasileiros, as ofertas de consórcios têm suas vantagens e desvantagens. Alguns dos pontos positivos são a isenção de juros e maior facilidade no processo de compra. Por outro lado, a escolha dessa modalidade não é indicada para aqueles que precisam comprar um imóvel com urgência. 

No consórcio, o cliente paga um valor fixo todos os meses e, a cada 30 dias, ocorrem leilões e sorteios. Quando o consumidor for contemplado, receberá o montante pago até aquele período e, com ele, poderá adquirir o seu imóvel. Não há como saber quando cada um será sorteado, mas há um prazo máximo de duração dos grupos. 

Esta opção é interessante para aqueles que ainda têm onde morar — portanto, não têm pressa para a mudança — e não querem arcar com juros que encarecem o preço final do imóvel. 

Em alguns casos, o consumidor tem apenas uma parte do valor e fica em dúvida sobre o que fazer para conseguir o restante do dinheiro. O consórcio é uma opção viável em situações assim, pois apresenta juros baixos e maiores chances de contemplação para quem tem mais dinheiro no momento e pode oferecer um “lance” maior. 

Como calcular se vale mais a pena comprar ou alugar um imóvel?

É possível fazer um cálculo aproximado para revelar qual modalidade mais compensa, considerando sua situação financeira atual e os valores de compra e aluguel do imóvel. Porém, é importante saber que estes cálculos são estimativas de quanto cada modalidade pode pesar no seu orçamento. Isso porque existem diversas variáveis que incidem sobre os preços de aluguel e venda, e elas mudam de acordo com a situação econômica do país.

Por isso, considere os cálculos a seguir como uma base para suportar sua decisão.

Você já possui dinheiro para comprar um imóvel?

Para descobrir se vale mais a pena comprar ou alugar um imóvel, a primeira pergunta é: você já possui todo o valor para a compra? Caso a respotas seja sim, o cálculo que pode ajudar nessa decisão é a taxa de retorno

A taxa de retorno representa o quanto um investimento é rentável por um determinado período de tempo. Ela ajuda a comparar dois ativos de mesmo perfil e assim aponta a atratividade de cada um. Simplificadamente, seu cálculo pode ser feito da seguinte maneira:

Como calcular a  taxa de retorno 

Desse modo, se o aluguel de um apartamento custa 2 000 reais e seu preço de venda é 400 000 reais, por exemplo, a conta fica assim:

2 000 / 400 000 = 0,005 (0,5%)

Neste caso, a taxa de retorno é de 0,5%. Isso quer dizer que, se for possível aplicar o total de 400 000 reais em qualquer modalidade que ofereça uma rentabilidade superior a 0,5% por mês, essa aplicação renderá juros suficientes para pagar o aluguel durante os meses de investimento e ainda reinvestir o que sobrou. Nesse caso, vale a pena alugar.

Em outras palavras, se a taxa de retorno do aluguel for menor que o rendimento de aplicações, é mais lucrativo continuar alugando e investir o dinheiro para adquirir o apartamento no futuro.

Por outro lado, se a taxa de retorno do aluguel for maior que o rendimento de aplicações, do ponto de vista financeiro, vale a pena comprar logo o imóvel.

Você não possui o valor total da compra do imóvel?

Aqueles que não têm o dinheiro reservado para comprar um imóvel à vista e pretendem fazer um financiamento precisam comparar a taxa de aluguel com o Custo Efetivo Total (CET) da compra do imóvel. 

O CET representa a soma de juros e encargos envolvidos no financiamento, e todas as instituições financeiras devem oferecer essa informação ao consumidor, para que ele avalie a viabilidade da proposta. 

Para o cálculo da viabilidade entre comprar ou alugar, neste caso, é preciso considerar o valor total das parcelas mensais que você terá que desembolsar para pagar o empréstimo ou financiamento, incluindo seguros e taxas - o CET.

Se o CET for menor do que a taxa de aluguel, comprar (financiar) é a melhor opção do ponto de vista financeiro. Em contrapartida, se a taxa de aluguel for menor, alugar é a saída mais econômica por enquanto.

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Comentários

  1. Comprar o imóvel próprio é o sonho de muitas pessoas. Um assunto que abrange e toca em muitas questões pessoais. Por isso, a ideia desse post não é dar um banho de água fria no sonho de ninguém e nem criar polêmicas. A intenção é simplesmente clarear os seus argumentos mostrando o que pode ser levado em conta para você tomar a melhor decisão de acordo com o seu momento, independente se, no final das contas, você optar por alugar ou por comprar o imóvel próprio.

    Bom, então vamos lá.

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  2. Realização do sonho x Dinheiro investido
    A compra da casa própria é uma questão, além de pessoal, muito cultural. Muitos de nós crescemos ouvindo dos pais o quanto é importante ter o próprio teto, não gastar dinheiro morando em um imóvel que não é nosso e etc. Por isso, é comum associar a compra do imóvel a um pensamento estilo; “tenho minha casa, portanto venci na vida”. É a realização de um sonho elevada à potência da vida adulta. E está tudo bem pensar assim.

    Em contrapartida, o aluguel vem surgindo cada vez mais como uma boa alternativa para quem está mais suscetível a substituir o lado “emocional” pelo que se passa no próprio bolso. Mas por quê?

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  3. Imóvel é patrimônio. Não investimento.
    Quando a gente compra um apartamento, estamos investindo no bem-estar da família, em não se preocupar com fiador, imobiliária, em poder fazer o que quiser com o imóvel sem ter que pedir permissão para ninguém e mais outras razões que pendem mais para o nosso lado comportamental. Se pensarmos na questão investimento x retorno financeiro, a coisa muda um pouco de figura. O imóvel que você compra para morar não traz rentabilidade mensal. Você não ganha dinheiro periodicamente com ele. Exceto, claro, se você alugar o quarto extra no Airbnb.

    “Ok, mas com o aluguel eu também não ganho nada, só gasto”. Sim, verdade. Você não recebe dinheiro por alugar um imóvel e ainda gasta com, além do próprio aluguel, condomínio e outras pequenas manutenções. Mas é aqui que entra um ponto bem importante: o custo de oportunidade.

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  4. O que é custo de oportunidade?
    Ao longo da vida, você faz uma série de escolhas, certo? Se você optou por tirar um ano sabático em vez de cursar uma especialização nos Estados Unidos, deixou em stand by a chance de aprender coisas importantes que poderiam te destacar no mercado, por exemplo. Esse é o seu custo de oportunidade por ter preferido dar um tempo para não se importar com trabalho.

    Simplificando: o custo de oportunidade é sempre o benefício que você deixa de ganhar por não ter seguido uma das possibilidades que tinha. Levando isso para o tema do nosso post, veja abaixo o custo de oportunidade quando você escolhe a compra:

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  5. Vamos supor que você vai comprar a sua casa por um valor de R$ 450 mil:

    Cenário 1:
    Você tem todo o dinheiro para comprar à vista.

    Se investisse os R$ 450 mil em um portfólio com um mix de ações e renda fixa com um retorno anual de 10%, poderia ter um rendimento mensal de aproximadamente R$ 2.250,00, já retirando impostos e uma expectativa de inflação. Você poderia alugar uma casa por R$ 1.350 e ainda teria R$ 900 para reinvestir. Então, nesse caso, o seu custo de oportunidade seriam os R$ 900 todo o mês.

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  6. Cenário 2:
    Você tem R$ 50 mil para dar de entrada e terá que financiar o restante em 30 anos, sob uma taxa de 9% ao ano.

    Quando você financia, pode escolher entre dois sistemas diferentes: o Price e o SAC. No Price, os valores das parcelas são fixos. As primeiras prestações são formadas, na maior parte, por juros, mas eles vão caindo ao longo do tempo, enquanto o valor amortizado do seu imóvel aumenta. Já no SAC, as parcelas diminuem ao longo dos anos, mas você tem o mesmo valor de amortização durante o financiamento, enquanto os juros diminuem.

    Sabendo disso, se optar pelo financiamento Price, você:

    – Tem uma parcela fixa de R$ 3.117,93. Deste valor, apenas R$ 235 são reduzidos do montante que você deve. O restante são juros do seu saldo devedor.

    – Pagará, ao final dos 30 anos de financiamento, um total de R$ 1.122.454,80.

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  7. Já, se optar pelo financiamento SAC (sistema no qual as parcelas vão reduzindo de valor), você:

    – Terá uma parcela inicial de R$ 3.994,00. Deste valor, são amortizados do total do imóvel apenas R$ 1.111,00. O restante são juros.

    – Pagará, ao final dos 30 anos de financiamento, um total de R$ R$ 920.386,74.

    Medo, não é? Pois bem, se você investisse os R$ 50 mil que daria de entrada e conseguisse poupar R$ 300 por mês, teria, depois dos 30 anos (mesmo período do financiamento que simulamos ali em cima), mais de R$ 1.496.257,92. Esse é o seu custo de oportunidade.

    Portanto, olhando o custo de oportunidade apenas pelo viés do bolso, a possibilidade de alugar um imóvel se torna bastante interessante.

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  8. Tempo de permanência no imóvel é importante

    Antes de decidir, reflita também sobre o tempo que você pretende ficar no imóvel. Caso a ideia seja ficar pouco tempo – até seis anos – melhor não pensar em comprá-lo. Isso porque o aluguel dá mais mobilidade: se ocorrer algum imprevisto, como uma mudança de emprego, por exemplo, é muito mais fácil sair do imóvel alugado do que ter que vender o seu às pressas.

    Além disso, quando você faz a compra, precisa desembolsar valores altos em:

    – impostos, como o ITBI (que vale 3% do valor do imóvel)

    – corretagem (que gira em torno de 6%)

    – transferência e outras documentações exigidas pelas construtoras e pelos bancos.

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  9. Liquidez
    A liquidez de um imóvel é baixa. Caso precise vendê-lo para cobrir os custos de uma emergência, por exemplo, pode ter que esperar bastante, ainda mais se o seu imóvel fugir do padrão “dois quartos e bem localizado”. E, como o próprio nome já diz, emergência é sempre para ontem. Em paralelo, no aluguel, os contratos são mais curtos e o locatário tem uma liberdade maior para trocar de imóvel de acordo com as suas necessidades.

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  10. Coloque os custos na ponta do lápis
    Ok, custo de oportunidade, tempo de permanência e liquidez entendidos, vamos para a próxima análise que deve ser levada em consideração. Existe um cálculo que muitos economistas usam para entender se vale a pena adquirir um imóvel ou não.

    Para valer a compra, o resultado deste cálculo deve ser maior que o retorno mensal de aplicações de renda fixa. Por exemplo:

    Você está pagando R$ 1.500 de aluguel e quer comprar um imóvel de R$ 350 mil.
    Por isso:

    1.500 / 350.000 = 0,0042
    0,0042 x 100 = 0,42
    A Selic, taxa considerada livre de risco e que norteia grande parte dos investimentos de renda fixa, rende 0,54% ao mês. Portanto, como 0,42 < 0,54, não valeria a pena a compra do imóvel neste caso.

    Resumindo: sim, a gente sabe que é uma escolha difícil e que há formas diferentes de encará-la: com a emoção, com o bolso e algumas vezes com os dois juntos. Como falamos lá no início, a ideia não é forçar a barra e dizer o que é melhor pra você, mas sim, te abastecer com informações importantes pra que você pense qual dos cenários se encaixa mais com o seu momento atual e com o seu planejamento para o futuro.

    Por isso, pondere esses pontos e o que você sente em relação ao assunto. A gente tem certeza que, independente do viés da sua escolha, terá feito o melhor pra você. 🙂

    Quer investir o seu dinheiro de uma forma simples, segura e eficiente?

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